sexta-feira, 30 de outubro de 2020

Presidente da Embraer pede paciência a investidores e não descarta novas demissões




A duas semanas de divulgar os resultados financeiros do terceiro trimestre, o presidente da Embraer, Francisco Gomes Neto, pede calma aos investidores. “A mensagem para nossos acionistas é: acreditem na Embraer e tenham um pouquinho de paciência porque vamos chegar lá”, diz, em entrevista exclusiva ao Estadão. (...)

quarta-feira, 28 de outubro de 2020

Ex-porta-voz critica Bolsonaro: 'Poder corrompe'



Demitido em 7 de outubro da função de porta-voz da Presidência da República, o general Otávio do Rêgo Barros quebrou o silêncio. Sem mencionar o nome do presidente, comparou-o num artigo de jornal a Júlio César. Bateu com vigor: "Infelizmente, o poder inebria, corrompe e destrói!" (...)

Não é Nada (Felicio Vitali)



A frase, ainda que muito batida: "Seria engraçado se não fosse trágico", se encaixa bem na situação do eleitor que pediu ao bolsonaro que reduzisse o preço do arroz e, como resposta, ouviu pra "ir comprar arroz na Venezuela". (...)

Vacina há de ser compulsória; projeto de lei prevê punição a recalcitrantes



Já há um projeto de lei na Câmara estabelecendo punições para quem deixar de tomar a vacina contra a Covid-19 — quando houver uma. Será que alguém pode ser punido por não se vacinar? Será que o governo está obrigado a oferecer a vacina? Vamos ver: 

terça-feira, 27 de outubro de 2020

Fala de Bolsonaro sobre vacina e remédios é criminosa



O presidente Jair Bolsonaro superou a sua própria capacidade de dizer asneiras sobre a Covid-19 e a vacina ao falar a seus apoiadores nesta segunda. Aliás, no tempo em que ele se manteve afastado dos desocupados, convenham, a tensão política baixou bastante. Mas, como se nota, é preciso alimentar os obscurantistas para que estes continuam a produzir... obscurantismo. (...)

segunda-feira, 26 de outubro de 2020

Eleição virou um bufê que serve mais do mesmo



Eleição é como loteria, só que sem um prêmio no final. O voto, na maioria das vezes, é um equívoco renovado a cada dois anos —ora em pleitos gerais, ora em disputas municipais. O eleitor é um cidadão condenado a optar entre o lamentável e o impensável. Tudo continua praticamente igual. A diferença é que a fuzarca passou a ser financiada pelo contribuinte. (...)

sábado, 24 de outubro de 2020

Bolsonaro envolve Abin e GSI em reunião com advogados de Flávio sobre ‘rachadinha’



O presidente Jair Bolsonaro participou de uma reunião, em 25 de agosto, com advogados do filho, o senador Flávio Bolsonaro (Republicanos-RJ). O objetivo foi debater supostas “irregularidades das informações constantes de Relatórios de Investigação Fiscal” produzidos por órgãos federais sobre o senador. Também foram ao encontro o ministro do Gabinete de Segurança Institucional, Augusto Heleno, e o diretor da Agência Brasileira de Inteligência (Abin), Alexandre Ramagem. (...)

É possível - Felicio Vitali



Não se pode duvidar de nada neste governo. Rola uma desconfiança entre os governadores e autoridades estaduais de saúde, de que a ANVISA pode atrasar de propósito a aprovação da vacina de tecnologia chinesa (Coronavac), desenvolvida em parceria com o Instituto Butantan, até que a vacina da universidade de Oxford fique pronta. (...)

sexta-feira, 23 de outubro de 2020

Araújo confessa: atua para Brasil ser pária; delinquência ataca João Cabral



Ninguém mais tem o direito de desconfiar de que o Brasil está se tornando um pária no mundo, seja pelas escolhas do governo em matéria de política externa, seja por sua atuação em organismos e fóruns multilaterais, seja por sua política ambiental, seja pelo incentivo à barbárie cultural, à estupidez e à ignorância mais rombuda. (...)

Partido da Boquinha: Militares humilhados na figura do general Macunaíma



Jair Bolsonaro decidiu fazer uma visita surpresa a seu ministro da Saúde, general Eduardo Pazuello. Quando em Brasília, este mora no Hotel de Trânsito de Oficiais do Exército. Com Covid-19, estava dormindo quando o presidente chegou. O chefe houve por bem gravar um vídeo para anunciar que o ministro fica no cargo. Ninguém esperava ver o Exército Brasileiro passar por tamanha humilhação na figura do general Macunaíma, a personagens que Mário de Andrade chamou "o herói sem nenhum caráter". (...)

quinta-feira, 22 de outubro de 2020

Morreu pela Boca - Senador Arolde de Oliveira, que morreu de covid, minimizou isolamento social



Aliado de Jair Bolsonaro, ele aplaudia sempre que o presidente se manifestava em pronunciamentos e redes sociais, mesmo que as falas fossem contrárias ao que defendiam autoridades médicas.



Anvisa vira palco da guerra política das vacinas



Ao declarar guerra à "vacina chinesa do Doria", Jair Bolsonaro transformou a Agência Nacional de Vigilância Sanitária numa frente de batalha. "Quem está com o relógio das vacinas contra a Covid-19 na mão é a Anvisa", disse o governador Renato Casagrande, do Espírito Santo. "A pergunta que temos de responder é: a agência terá ou não independência para analisar as vacinas tecnicamente?" (...)

quarta-feira, 21 de outubro de 2020

Bolsonaro, Exército e política homicida. E a pressão dos EUA contra a China



Jair Bolsonaro protagoniza o espetáculo mais grotesco de sua lastimável trajetória na vida pública. Raramente vileza e pusilanimidade se casaram de forma tão virulenta — palavra especialmente eloquente para o caso — como agora. A atitude que tomou, suspendendo o protocolo firmado entre o Ministério da Saúde e o Instituto Butantan para a aquisição de 46 milhões de doses da CoronaVac, está abaixo até mesmo dos piores momentos daquele deputado estupidamente folclórico, que pertencia à periferia do baixo clero. Vejam o que a destruição da política institucional, causada pelo moralismo estúpido, fez pelo Brasil: permitiu que um celerado chegasse à Presidência da República. Por seu comportamento irresponsável, pode-se deduzir que já induziu milhares à contaminação e à morte. (...)

Bolsonaro muda tática e expropria "vacina de Doria", que vira "do Brasil"



Não levará assim tanto tempo, tudo indica que não faltará vacinas ao Brasil, de etiquetas variadas. O que falta é juízo. Vamos ver. O presidente Jair Bolsonaro decidiu optar pelo pragmatismo malandro. Até a semana passada, o Ministério da Saúde hostilizava claramente a vacina produzida numa parceria entre o Instituto Butantan e a chinesa Sinovac. Na quarta, dia 14, o general Eduardo Pazuello, titular da pasta e militar da ativa, chegou a anunciar um cronograma de vacinação que simplesmente ignorava a droga que está sendo desenvolvida em São Paulo. (...)

Constituição e lei permitem impor vacina; se preciso, que Congresso atue



O Ministério da Saúde emitiu uma nota sobre o acordo celebrado entre o governo federal e o Estado de São Paulo para a aquisição de 46 milhões da Coronavac, vacina desenvolvida pelo Instituto Butantan e a empresa chinesa Sinovac. Avalia que somadas essas doses às estimadas 140 milhões produzidas pela AztraZeneca e pela Covax Facility, sob a supervisão da OMS, o país poderá contar com 186 milhões de doses. (...)

terça-feira, 20 de outubro de 2020

Ministério da Saúde convocou veterinários para atender pessoas com Covid, conta pesquisador



A pandemia do coronavírus expôs as desigualdades sociais no Brasil, afirma Alexander Biondo, professor titular de zoonoses do Departamento de Medicina Veterinária da Universidade Federal do Paraná (UFPR). Biondo está à frente do maior estudo já realizado no Brasil para investigar a Covid-19 em cães e gatos e seus desdobramentos para a saúde humana. (...)

Erros de Bolsonaro ameaçam projeto para 2022



Jair Bolsonaro e Lula tornaram-se cabos eleitorais um do outro. Interessa a ambos repetir em 2022 a polarização de 2018. Se a eleição fosse hoje, indicam as pesquisas, Bolsonaro prevaleceria com folga sobre Lula. Ou sobre o poste que o líder petista indicasse. Mas o jogo não está jogado. Há gatos gordos na tuba do projeto político do presidente. (...)

segunda-feira, 19 de outubro de 2020

A bunda


Milena em 2013, quando venceu o "Miss Bumbum". Ao fundo, o Congresso Nacional 

Pudicos me desculpem: o título não admite concessões. A meu favor, está a obra “Amor Natural” de Drummond (...)

Bolsonaro abraça a TV Brasil



Abraços são demonstrações de afeto, de alegria ou de força nos momentos de dor. Por vezes, naufragam oportunistas. Por outras são imorais, ilegais ou ambos. Há duas semanas, o caloroso abraço entre o presidente Jair Bolsonaro e o ministro do Supremo Dias Toffoli selou a reedição dos eternos conluios brasilienses, nos quais os participantes gargalham de quem ousa mexer no arranjo. Na terça-feira, dois outros abraços, desta vez enviados ao presidente durante o jogo Peru x Brasil, também foram simbólicos, escancarando a farsa de que ele teve algum dia a pretensão de extinguir o que nasceu para ser TV Lula e agora é TV Bolsonaro. (...)

PF refaz trilha da verba da cueca desde Brasília



Estrelada por Chico Rodrigues, o senador da cueca endinheirada, a operação Desvid-19 tem um pé em Roraima e outro em Brasília. No estado, a Polícia Federal farejou desvios de R$ 20 milhões na aplicação de verbas federais que financiariam o combate à Covid-19. Na capital da República, apura-se a forma como o dinheiro foi liberado. (...)

sábado, 17 de outubro de 2020

Eleições 2020 em Caçapava

 

Desde o dia 27 de setembro as propagandas políticas estão liberadas. Agora ficou mais fácil e certo saber os reais candidatos. 
Nas redes sociais as figurinhas fáceis abundam e pra não variar os políticos de sempre são os primeiros a aparecer. E é aí que mora o perigo para os mais desatentos. (...)

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sexta-feira, 16 de outubro de 2020

Eleição em Caçapava - Escolhendo o melhor I




Neste artigo vou mostrar porque escolhi a professora Selma Antunes, número na eleição 55888, entre todos os candidatos a vereador, a melhor. (...)

quinta-feira, 15 de outubro de 2020

Em vez de lavar, vice-lider de Bolsonaro suja dinheiro no meio das nádegas



É dura a vida dos devotos de Bolsonaro. Aplaudiram o presidente na frente do Alvorada quando ele disse que dará "uma voadora no pescoço" de quem for apanhado fora da linha no seu governo. (...)

Trânsito: governo dá marcha à ré na contramão



Já se sabia que Jair Bolsonaro levaria o governo para a direita. Ele foi legitimamente eleito cavalgando esse pressuposto. Mas em matéria de segurança no trânsito, o capitão leva o Estado para trás. Faz isso de marcha à ré, na contramão. Presidindo um país que ocupa a quarta colocação no ranking mundial de mortes no trânsito, o presidente festejou durante uma transmissão ao vivo pelas redes sociais a sanção da nova lei que afrouxou as regras do trânsito. (...)

Associação de juízes manda a Justiça às favas; pretexto é combater o crime



Lamentável e oportunista a decisão da Associação dos Magistrados Brasileiros, que decidiu recorrer ao Supremo com uma Ação Direta de Inconstitucionalidade contra o Parágrafo Único do Artigo 316, que impõe a revisão a cada 90 dias do decreto de prisão preventiva. (...)

O que fazer para que respectivos atos de Marco Aurélio e Fux não se repitam



Já há uma maioria de seis votos em favor da decisão de Luiz Fux, presidente do Supremo, que cassou o habeas corpus concedido pelo ministro Marco Aurélio que libertou o megatraficante André do Rap, também um dos chefões do PCC. Tudo caminha para um nove a um no que concerne ao mérito. A questão agora diz respeito aos meios. Há bem mais em debate do que o "solta" ou "não solta" o traficante. (...)

quarta-feira, 14 de outubro de 2020

Covardia - Felicio Vitali



Difícil viver num país em que você acorda de manhã e dá de cara com uma declaração do vice presidente, dizendo que o maior torturador do país, era um cara íntegro e corajoso que "respeitava os direitos humanos de seus subordinados". (...)

terça-feira, 13 de outubro de 2020

Editorial do Estadão - Bolsonarismo sem Bolsonaro



A base radical bolsonarista está decepcionada com o presidente Jair Bolsonaro. A gota d’água foi a indicação do desembargador Kassio Marques para a vaga no Supremo Tribunal Federal.

Assim que o nome do magistrado foi anunciado, as redes sociais bolsonaristas entraram em parafuso, e Bolsonaro chegou a ser chamado de “traidor”. Tudo porque Kassio Marques é considerado “petista” por ter sido nomeado pela presidente Dilma Rousseff em 2011 para o Tribunal Regional Federal da 1.ª Região. (...)

sexta-feira, 9 de outubro de 2020

Bolsonaro já não pode posar de virgem no bordel



Uma característica curiosa da corrupção se observa em todos os governos. O corrupto está sempre nos governos dos outros. Jair Bolsonaro disse que acabou com a Lava Jato porque não há corrupção no seu governo. Talvez tenha pretendido apenas produzir um comentário irônico. Mas foi infeliz. A frase representa o triunfo da fé sobre a prudência. Revela que o orador opera num mundo com duas verdades: a dele e a verdadeira. Todos gostariam de viver no país maravilhoso que o presidente descreve em seus discursos, seja ele onde for.

Bolsonaro é investigado por suspeita de tramar a conversão da Polícia Federal num aparelho a serviço da família e dos amigos. Não consegue explicar os R$ 89 mil que o casal Queiroz depositou na conta de sua mulher. Dois de seus filhos, Eduardo e Carlos, estão encrencados em inquéritos sobre desvio de verbas públicas em casas legislativas. Os Bolsonaro revelam-se cultores de inusitados hábitos. Adeptos da rachadinha, eufemismo para peculato, recorrem à forma mais primitiva e sigilosa de poupança: o colchão. Compram até imóveis em dinheiro vivo.

Os líderes do governo na Câmara e no Senado são alvos da Lava Jato. Há no Ministério do Turismo um réu por desvio de verbas eleitorais. No comando da pasta do Meio Ambiente há um condenado por improbidade administrativa. Foram acomodados dentro de cofres estratégicos do governo, inclusive nas pastas da Educação e da Saúde, apadrinhados do centrão —um aglomerado partidário 100% feito de investigados, condenados e cúmplices.

É contra esse pano de fundo que Bolsonaro conspira contra a Lava Jato, sedando órgãos de controle, acomodando na Procuradoria-Geral um procurador que não procura e enviando para o Supremo uma toga-tubaína. Nada disso comprova a inexistência de corrupção em Brasília. Demonstra apenas que Bolsonaro virou um estelionato eleitoral à procura de blindagem.

A Lava Jato ainda não acabou. Mas Bolsonaro sinaliza ao país que endossa o esforço do procurador-geral Augusto Aras para minar a operação. No momento, o grande desafio do presidente é o de se reinventar politicamente. Com uma dificuldade: até os bolsonaristas mais apaixonados começam a notar que Bolsonaro já não se encaixa no papel de virgem imaculada no bordel.

Gestão Bolsonaro recebe o 'selo ético' de Renan



 Desde que Jair Bolsonaro rifou Sergio Moro e encostou seu governo nos prontuários do centrão, o bolsonarismo esperava pelo sinal de que o fim, ou pelo menos o indício terminal de que o discurso anticorrupção do presidente não passava de estelionato eleitoral, estivesse próximo. O alarme, finalmente, soou. As declarações de Renan Calheiros sobre o "grande legado" de Bolsonaro funcionam como um dos marcos da derrocada da pose de Bolsonaro. De agora em diante, tudo é epílogo no enredo do governo dedicado à ética.

Renan disse à CNN que Bolsonaro "pode deixar um grande legado para o Brasil, que é o desmonte desse estado policialesco." Cliente de caderneta da Lava Jato, Renan afirmou que Bolsonaro "já encadeou várias medidas." Mencionou o Coaf, empurrado para os fundões do organograma do Banco Central. Citou a Receita Federal, que recebeu uma dose de sedativo. Lembrou a nomeação de Augusto Aras, um procurador-geral sem vocação para procurar. Enalteceu a indicação de Kássio Marques, um candidato ao Supremo cuja supremacia é um ponto de interrogação. Ou de exclamação.

O júbilo de Renan Calheiros é compreensível. Há quatro anos, quando o então senador Romero Jucá defendeu a costura de um pacto para "estancar a sangria" da Lava Jato, sua voz soou como ruído desesperado de alguém que não sabia que estava sendo gravado. Ao afirmar que o pacto deveria incluir o "Supremo", Jucá, companheiro notório de Renan no MDB, parecia ecoar o apavoramento de investigados em apuros, incluindo os ex-sócios do PT. A sangria evoluiu para uma hemorragia na qual Bolsonaro surfou em 2018.

Agora, suprema ironia, Bolsonaro, chefe de uma organização familiar cuja imagem está bem rachadinha, alcança o sonho que nem os profissionais do MDB e do PT conseguiram realizar. Nas palavras de Renan, Bolsonaro promove "o desmonte desse sistema que causou muitas vítimas nos últimos anos e tentou substituir a política nacional e graças a Deus não conseguiu." A única impropriedade dos comentários de Renan é a menção a Deus. O Todo-Poderoso realmente está em toda parte. Mas, no momento, é o Tinhoso quem dá as cartas na política. O desmonte de Bolsonaro ganhou o selo de qualidade de Renan. A conjuntura cheira a enxofre.

Acordo revela que AstraZeneca impôs restrições ao Brasil na vacina da covid



O acordo da AstraZeneca com o governo brasileiro revela que a empresa estrangeira impôs condições sobre a venda da futura vacina contra a covid-19, pagamento de royalties, manteve a patente sobre o produto e poderá até mesmo definir o que considera como a data do final da pandemia, já a partir de julho de 2021.

Os dados fazem parte do Memorando de Entendimento entre a Fiocruz e a AstraZeneca, assinado em 31 de julho. O acordo, obtido pela coluna, permitiu que o governo anunciasse um abastecimento de 100 milhões de doses da futura vacina, com um custo de US$ 300 milhões. Entendimentos seriam negociados para detalhar parcelas do acordo.

Pelo acordo com a empresa britânica, fica ainda estabelecido que, se a vacina não der resultados, não haverá um reembolso. De acordo com o acordo, pagamentos "não são reembolsáveis na hipótese de resultados negativo na pesquisa clinica".

Também fica acordado que o pagamento pela "transferência de knowhow (conhecimento) de produção de produto acabado é não-reembolsável".

Laboratório pode "decretar" fim da pandemia

O texto ainda explicita que a empresa multinacional fica com o direito de estabelecer o fim do período da pandemia. Esse trecho específico do acordo também foi publicado nesta quinta-feira pelo jornal Financial Times.

De acordo com o texto, tal declaração de fim de pandemia poderia ser estabelecido já em 1 de julho de 2021. O período de pandemia poderia ser ampliado. Mas isso dependerá exclusivamente da AstraZeneca. A pandemia, portanto, poderia continuar se a "AstraZeneca, em boa-fé, considerar que a pandemia da SARS-COV-2 ainda não terminou nesta data".

A relevância de tal postura reflete no preço. Segundo as multinacionais, um fornecimento de doses a um preço de custo só poderia ocorrer enquanto a pandemia durar. Depois disso, os valores terão de ser renegociados.

Procurada, a Fiocruz ainda não respondeu sobre esses pontos. O espaço permanece aberto à instituição. A coluna também pediu esclarecimentos por parte da AstraZeneca.

Acordo com Fiocruz permite apenas produção de vacina para brasileiros

Em trecho do tratado inicial, fica estabelecido de forma clara que a produção realizada pela Fiocruz poderia atender apenas o mercado doméstico brasileiro, sem a possibilidade de uma eventual exportação dos produtos.

O texto diz que se considera que o entendimento "assegura a produção, distribuição e comercialização da vacina no Brasil". Em outro trecho, também fica explicitado que a empresa concede a sublicença para produção, distribuição e comercialização da vacina para o "mercado publico brasileiro".

Só quando a pandemia terminar é que "as partes avaliarão a possibilidade da extensão do território". Ou seja, uma exportação da Fiocruz.

O entendimento prevê que toda a propriedade intelectual da vacina permanece nas mãos da AstraZeneca, que um acordo ainda estabeleceria um pagamento de royalties e que o acordo é confidencial.

Nesta quinta-feira, a coluna revelou que o governo brasileiro optou por não se aliar a um projeto da Índia e África do Sul para pedir a suspensão de todas as patentes de vacinas e tratamentos contra a covid-19. A decisão foi lamentada por ativistas e por ex-negociadores, como o ex-ministro Celso Amorim.

quarta-feira, 7 de outubro de 2020

Eleição em Caçapava - Escolhendo o melhor



Outro dia um amigo me disse que eu só faço meter o pau nos políticos. Que uso todo meu espaço, Blog, Jornal e Facebook, em mostrar a ruindade desses “santos”. É por aí, mesmo. Não convivo bem com gente que explora e engana o povo, imaginem eu tentando falar bem, por exemplo, de Cesar Nascimento da Rádio Capital. Missão impossível, a vida pregressa e também a contemporânea dele não ajudam em nada. Mas isso não será o assunto desse artigo. (...)

terça-feira, 6 de outubro de 2020

Eleição do 'cada um por si' deve tirar partidos do mapa político



As eleições municipais de novembro vão pôr em xeque a sobrevivência política dos partidos. Se antes legendas pequenas ou até mesmo nanicas se aliavam a outras e pegavam carona na chapa apenas para eleger candidatos, o fim das coligações proporcionais tornou inevitável a campanha do “cada um por si”. Nessa disputa, por exemplo, estão proibidos os casamentos entre diversas siglas para o cargo de vereador. (...)

sexta-feira, 2 de outubro de 2020

Programa de Michelle Bolsonaro repassou dinheiro a ONG que atuou contra aborto no caso de menina estuprada no ES



O programa Pátria Voluntária, presidido pela primeira-dama Michelle Bolsonaro, repassou recursos para uma ONG contra aborto que atuou no caso da menina de 10 anos estuprada que teve sua identidade vazada antes de ser submetida à interrupção da gravidez, realizada em agosto deste ano. De acordo com dados divulgados pela Casa Civil via Lei de Acesso a Informação (LAI), o programa repassou R$ 14,7 mil à entidade. Procurada, a presidente da ONG, Mariângela Consoli, disse que não procurou o governo para receber os recursos e que a entidade teria sido indicada por alguém que ela não soube identificar. (...)

Guedes se tornou um zero à esquerda no governo, mas vai ficando por ali...



Não tenho competência para ser ministro da Economia, como acusam alguns gentis detratores a cada vez que critico Paulo Guedes. Dizem que eu também não poderia ser titular da Justiça sempre que aponto uma bobagem de André Mendonça, o que acontece todo dia. Se há alguém fiel a si mesmo, eis o homem. Os línguas de trapo se esquecem, no entanto, de que, com efeito, não reunindo qualidades para comandar a economia, eu não a comando. Mas Guedes sim! (...)

quinta-feira, 1 de outubro de 2020

Sob Augusto Aras, PGR inventa a 'desdenúncia'



A gestão do procurador-geral da República Augusto Aras promove uma revolução. Já se sabia que, sob Aras, a Procuradoria adquiriu o hábito de desprocurar. Súbito, inventou a desdenúncia. O primeiro beneficiário da novidade é o deputado Arthur Lira. No intervalo de apenas três meses, este líder do centrão, aliado do Planalto, migrou da condição de denunciado para a de desdenunciado. (...)

Marfrig fez doação de R$ 7,5 milhões ao Ministério da Saúde, mas verba foi desviada para projeto de primeira-dama



O governo do presidente Jair Bolsonaro desviou a finalidade de R$ 7,5 milhões doados especificamente para a compra de testes rápidos da Covid-19 e repassou a verba ao programa Pátria Voluntária, liderado pela primeira-dama, Michelle. (...)