Enfim o procurador-geral da República, Augusto Aras, se mexeu. Vivia-se a impressão de que o cargo ainda estava vago ou de que era ocupado por algum estafeta do Palácio do Planalto. Mexeu-se, sim, mas preguiçosamente ainda, com manha calculada, como se, numa democracia, o estado de direito devesse depender de acochambramento, de práticas entre concertadas — com "c", combinadas — e um tanto escusas para evitar ferir susceptibilidades, como se a ordem democrática devesse andar com chinelos de pelúcia para não despertar alguma fera raivosa. (...)
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