domingo, 5 de abril de 2020

O povo não é bobo



O melhor do Brasil é o brasileiro. A frase que virou título de série global é batida, lugar comum. Mas em tempos de pandemia é inevitável reincidir nela. E no plural: os brasileiros.

Por aqui, no auge do corte de recursos federais, pesquisadores conseguem sequenciar o genoma do novo coronavírus em tempo recorde, engenheiros desenvolvem respiradores de baixo custo, outros criam aplicativos que podem salvar vidas. Mais: na contramão das expectativas do presidente Jair Bolsonaro, a maioria dos brasileiros crê na ciência e não nas trevas.

Antes da pandemia, Bolsonaro, que já iniciara o ano em baixa ao entregar um PIB de apenas 1,1%, amplificou a sua já conhecida paranoia. Só enxergava inimigos, mesmo entre aqueles que juravam fidelidade. Aprontou com os ministros Sérgio Moro e Paulo Guedes, colidiu com o Congresso e o Supremo.


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