quinta-feira, 23 de fevereiro de 2023

Zambelli critica Bolsonaro, diz que pode ser presa e pede trégua ao STF e foco em Lula


A deputada federal Carla Zambelli (PL-SP) - Gabriela Biló - 16.fev.23/Folhapress

Na mira do STF (Supremo Tribunal Federal) e do TSE (Superior Tribunal Eleitoral) por contestar a eleição, a deputada federal Carla Zambelli (PL-SP) agora levanta a bandeira branca ao ministro Alexandre de Moraes.

Zambelli, fiel escudeira do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), diz que ele deveria ter sido claro ao pedir o fim de atos nos quartéis e deveria estar no Brasil para liderar a oposição —e que os discursos da direita podem, sim, ter levado às cenas de 8 de janeiro.

"Depois do dia 8, estou sendo bem mais cuidadosa para não ter mais pessoas se enganando. A gente está em outro patamar, agora não é hora de bater no STF", diz.

Para ela, o foco da oposição deve ser o presidente Lula (PT).

O TSE suspendeu as redes da deputada em 1º de novembro. Moraes as devolveu neste mês, mas manteve multa de R$ 20 mil se houver publicações contra a democracia.

Na sexta (17), o STF rejeitou recurso da deputada e manteve seu porte de armas suspenso —a ação é decorrente do episódio na véspera do segundo turno, quando Zambelli apontou uma pistola para um homem com quem discutiu nos Jardins, em São Paulo. Ela foi denunciada por porte ilegal.

Terceira em número de votos, com 946.244 eleitores, atrás de Nikolas Ferreira (PL-MG) e Guilherme Boulos (PSOL-SP) e à frente de Eduardo Bolsonaro (PL-SP), Zambelli falou à Folha de um spa medicinal onde passou o fim de semana tratando uma crise de fibromialgia.

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