Pesquisa realizada no início da semana indica que, entre os eleitores de Bolsonaro, 29% defendem uma punição às pessoas que estão pedindo golpe nas manifestações
Três em cada quatro brasileiros (75%) se dizem contrários aos atos antidemocráticos realizados no país desde o segundo turno das eleições, diz pesquisa Datafolha. Entre os respondentes, 56% considera que deve haver punição aos que pedem golpe militar, ao longo dos mesmos protestos.
O levantamento em questão foi realizado nas últimas segunda e terça e ocorreu presencialmente. A margem de erro é de dois pontos percentuais, para mais ou para menos. Em toda a pesquisa, foram ouvidas 2.026 pessoas em 126 municípios do país.
Os favoráveis aos protestos que contestam a vitória do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) sobre o atual presidente Jair Bolsonaro (PL) somam 21%. Na pesquisa, os eleitores de Bolsonaro que se dizem contrários aos atos são 50%. Entre os eleitores de Lula essa taxa é de 96%. Mirando os que declaram ter votado branco ou nulo, a aversão aos atos chega a 90%.
Punição
Do total, 56% acreditam que é necessária a punição dos manifestantes que pedem golpe militar, ao longo dos mesmos protestos. Em outra mão, outros 40% acreditam que essas pessoas não devem ser punidas porque têm direito a se manifestar, ainda que contra a democracia.
Menos de um terço dos eleitores de Bolsonaro (29%) são favoráveis à mesma punição. Os contrários somam 67%. Para os eleitores de Lula, a punição é aceita pela ampla maioria (81%). Aos que votaram branco e nulo, a responsabilização dos manifestantes é aceita por 58% dos respondentes.
A pesquisa também mira em diferenças regionais. No Centro-Oeste, o apoio aos protestos chega a 29%, no Norteste, por outro lado, são 14% que apoiam. A divisão se repete na pergunta sobre a punição dos que defendem um golpe. No Nordeste, 69% acreditam que é necessária a punição, no Centro-Oeste, 45%.
Entre homens e mulheres a divisão é mais equilibrada. Entre elas, 78% se dizem contra os atos antidemocráticos, para os homens são 73%.
Para os católicos, 80% são contrários aos atos, enquanto os evangélicos somam 65%. Em ambos os casos, os índices caem 20 pontos percentuais quando o questionamento mira a necessidade de punição aos que clamam por intervenção militar. Para os católicos, 60% defendem a punição, para os evangélicos, essa média é de 45%.
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