No mês passado, o MPF pediu o afastamento imediato de servidor do cargo, por pedir votos de forma explícita para o presidente Jair Bolsonaro (PL) às vésperas do segundo turno
Em novembro, a Justiça Federal do Rio de Janeiro atendeu o pedido do Ministério Público Federal (MPF) e tornou réu Vasques. Em decisão do juiz José Arthur Diniz Borges, foi concedido o prazo de 30 dias para que o servidor se manifestasse. De acordo com a denúncia do MPF, a conduta do diretor da PRF contribuiu para “o confronto instaurado durante o deslocamento de eleitores no dia do segundo turno das eleições e após divulgação do resultado”.
Além da ação de improbidade, Silvinei Vasques é investigado pela Polícia Federal por suspeita de atuar sobre os bloqueios de rodovias ocorridos durante o segundo turno e também após a vitória de Lula, que seguiu por rodovias federais. A corporação apura se há responsabilidade do diretor na realização das blitz e se houve descumprimento da decisão do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), determinada pelo ministro Alexandre de Moraes, que havia proibido a realização de operações policiais relacionadas ao transporte de eleitores no dia do pleito. Outro fato investigado é se Vasques praticou omissão nos bloqueios que começaram a ocorrer após o resultado das eleições.
De acordo com o pedido de abertura da investigação feito pelo MPF à época, os fatos poderiam configurar crimes de prevaricação ou participação, por omissão, nos crimes contra o estado democrático.
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