Foram quatro anos de dura batalha – a Rede Globo de Televisão sem nada conceder que comprometesse sua escolha por um jornalismo crítico a que o país não estava acostumado; Bolsonaro a pressioná-la a mudar de posição reduzindo os gastos do governo com publicidade e ameaçando cassar seu direito de ir ao ar.
Televisão e rádio são concessões do poder público. O governo que concede é o mesmo que pode cassar, desde que com a aprovação do Congresso. Bolsonaro desafiou a Globo quando ainda era candidato a presidente em 2018. Como presidente, valendo-se de emissoras amigas e das redes sociais, chamou-a de “lixo”.
Disse repetidas vezes que não renovaria sua concessão que tinha data marcada para terminar, por esses dias. Renovou-a ontem. Renovou também por 15 anos as concessões de oito outras redes – entre elas, a Record e a Bandeirantes. Lula poderia fazê-lo se Bolsonaro se recusasse. O jornalismo venceu.
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