O senador eleito Sergio Moro já tem falado com conselheiros políticos sobre seu futuro, caso o União Brasil, seu partido, decida integrar a base de Lula no Congresso Nacional. O ex-juiz externou, nos bastidores, sua contrariedade junto a alguns aliados, que veem grande chance de Moro deixar a legenda.
Hoje, a decisão de Moro é submergir, até que o União Brasil bata o martelo sobre o apoio ou não a Lula, para então abrir conversas com outras legendas. Desde a campanha, Moro divide suas decisões com um pequeno grupo de conselheiros, que tem trabalhado para que ele atue de maneira “mais madura” e “sem atropelos”.
Nessas conversas, o ex-juiz foi convencido de que não deve falar publicamente sobre o tema e nem buscar outro partido, até que o União Brasil defina seu rumo. Segundo aliados do senador eleito, seu desejo é ficar onde está.
A avaliação desses aliados é que o ex-juiz já errou demais no passado e não pode tomar decisões que, depois, o obrigue a voltar atrás. O ex-juiz foi alvo de críticas sobre sua “inabilidade política”, ao se lançar pré-candidato à Presidência pelo Podemos e, depois, se ver mergulhado numa crise com a sigla. Moro acabou mudando para o União Brasil para disputar uma vaga no Senado pelo Paraná, para a qual se elegeu.
Entre lideranças do União Brasil no Senado, a avaliação é que o ex-juiz “já está isolado” e que seu futuro provável é deixar a legenda, caso o partido confirme aliança com Lula.
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