Aliados de primeira hora de Lula, especialmente na área jurídica, garantem que o presidente eleito não vê o procurador-geral da República, Augusto Aras, com os mesmos olhos de antes.
Pessoas ligadas a Lula e próximas a Aras têm intercedido junto ao petista para defender o PGR e destacar seu papel de ter “enterrado” a operação Lava-Jato. Em conversas recentes, o presidente eleito chegou a tecer alguns elogios a Aras nesse sentido.
Aras tem boa interlocução com nomes do PT, como seu conterrâneo, o senador Jaques Wagner, cotado para ser ministro do governo Lula. Outros membros do partido que estão mais distantes do presidente eleito, como o ex-ministro José Dirceu, também já enviaram recados sobre o “papel de Aras em colocar um ponto final na Lava-Jato”.
Em conversas com interlocutores de Lula, Aras tem mandado o recado de que sua atuação nos seus nove meses no comando da PGR com Lula na Presidência será “serena” e “sem confronto”.
O PGR, no entanto, não é visto como opção para se manter no cargo e nem ocupar um posto de confiança no governo do petista. Aliados de Lula apontam que seu “grande erro” foi adotar uma postura leniente em relação a Bolsonaro, devido ao sonho de ser indicado ao Supremo Tribunal Federal, que nunca se concretizou.
Por Bela Megale em O Globo
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